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Entrevista São Paulo, 30 de agosto de 2016
ENTREVISTA - Sebastião Caetano da Paixão,
de Embu das Artes: 36 anos de desafios e lutas

Presidente Sebastião Caetano debate com o presidente Aires Ribeiro sobre seus trabalhos à frente do Sindicato

Aos 54 anos de idade e 36 deles voltados inteiramente ao funcionalismo, nosso entrevistado da semana conta parte da sua trajetória no setor público. Sebastião Caetano da Paixão é presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Embu Embu das Artes, cidade conhecida por conta da alta produção de artesanatos e feiras. Ele lidera cerca de 4.600 Servidores na luta permanente por valorização e acumula ganhos de grande importância e magnitude para toda a categoria.

Nascido na cidade de Caratinga, em Minas Gerais, aos oito anos Paixão veio com sua família para o Estado paulista em busca de uma vida melhor, e a cidade escolhida para recomeçar foi Embu. Com uma infância simples, porém saudável, o jovem influenciado pela família, no início de sua adolescência, ingressou na equipe da guarda mirim e desde então aprendeu não só um ofício, mas uma série de valores. Impulsionado pela vontade de servir, aos 18 anos começou a trilhar o caminho.

CONFIRA O BATE-PAPO NA ÍNTEGRA:

Sebastião Caetano da Paixão é presidente do Sindicato dos Servidores de Embu das Artes; defende a categoria com dedicação e amor
1) Quais valores aprendeu na guarda mirim?
Primeiramente, naquela época fazer parte da guarda era uma honra tanto para o jovem quanto para família. Eles me incentivaram a fazer parte do grupo por que, além do trabalho como “colaborador” da cidade, existiam várias atividades e práticas esportivas durante o período. Com relação aos valores, sobretudo, aprendemos a entender a necessidade da disciplina, respeito ao próximo e o trabalho em equipe.

2) E como foi essa experiência inicial?
Acredito que, nesse momento, começou a nascer o Servidor dentro de mim. A filosofia adotada para organizar a guarda era baseada em diretrizes militares. Como já disse acima, a disciplina era algo em constante aperfeiçoamento, pois as tarefas eram levadas com muita seriedade. Em contrapartida, existia a outra parte do trabalho onde realizávamos a prática de diversas atividades físicas e o incentivo aos estudos.

3) Para você a carreira de Servidor começou ali?
Sem dúvida. A meta da guarda era orientar os munícipes, proteger e preservar os patrimônios da cidade e também a natureza. O prazer em contribuir para o crescimento e conservação da cidade era algo que contaminava e nos fazia muito bem. Cresci com esse desejo dentro de mim e sempre contei com total apoio dos meus familiares. Aos 18 anos, estava certo
de que o melhor a fazer era continuar esse caminho.

4) Como ocorreu sua entrada no funcionalismo e qual foi o cargo?
Assim que completei 18 anos e precisei me afastar das atividades da guarda, já estava determinado a me tornar Servidor. Naquela época ainda não existia a obrigatoriedade de concurso, éramos todos celetistas, então dia 3 de março de 1980 comecei a trabalhar na Administração Municipal como Agente Administrativo. Depois de dois anos, prestei de fato uma prova e me tornei estatutário.


Auxiliar e defender os Servidores é a principal meta do companheiro em sua gestão, prova disso é a sede própria

5) Qual era a relidade do exercício da função, haviam muitos problemas?
Poucos, pois na década de 1980 a política não era praticada como é atualmente e o Servidor, apesar da baixa remuneração, era um pouco menos ativo na busca por direitos. Na verdade era tudo muito novo e o sindicalismo ainda passava pela repressão do Governo militar. Mas, aos poucos, com a conquista de direitos, o Servidor ficou bem mais exigente e passou a pensar diferente.

6) Como iniciou seu envolvimento com o funcionalismo?
Sempre gostei de discutir política e fazer análises. Isso me levou a questionar algumas arbitrariedades praticadas pela gestão anterior da Associação. A omissão fez com que alguns companheiros assumissem a oposição e montamos uma chapa com ideias e propostas consistentes. Em 2000, junto a mais duas equipes, tivemos uma luta muito bonita e uma vitória acachapante.

7) Qual era a situação da entidade quando tomaram posse?

Precária. Não havia estrutura de trabalho, equipamentos e dívidas acumuladas por eles chegavam a R$ 200 mil. A ingerência administrativa estava constatada. Aluguéis da sede atrasados, fornecedores cobravam valores sem nenhuma comprovação e os débitos e juros com as instituições bancárias eram extremamente preocupantes. Durante oito anos sentimos as consequências do passado.

8) Como foi a luta para o colocar a entidade em ordem?
Literalmente complicada. Com total apoio da minha sólida e inteligente equipe de diretores estabelecemos as prioridades e organizamos a casa na área financeira e administrativa. Outro importante avanço nesse período foi a transição de Associação para Sindicato que ocorreu em 2004. A partir desse momento, eliminamos outros problemas com relação à nossa representatividade.

9) Como foi a conquista da sede própria?
Em 2014, lutávamos para concretizar esse anseio, mas as condições não eram as mais favoráveis. Conseguimos conquistar, junto à Administração, um bom terreno e realizamos um primeiro empréstimo para iniciar as obras. Porém este ano recebemos pela primeira vez o repasse da contribuição sindical e ela nos ajudou a impulsionar financeiramente a conclusão da obra. Afirmamos com orgulho: o funcionalismo de Embu tem sede e nada mais é que a casa do Servidor.


Paixão tem o reconhecimento da categoria e de outras lideranças como um presidente muito forte e combativo

10) Como é o novo espaço e quais serviços oferecem no local?
O espaço é grande e bem localizado. São 234 m² de área construída e oito salas. No local, os Servidores contam com atendimento Jurídico e psicológico em acomodações mais amplas e com toda estrutura necessária para as consultas. Além disso, construímos um saguão destinado à realização de reuniões, treinamentos, cursos, confraternizações e assembleias com a categoria.

11) Quais os projetos futuros para o Sindicato?
Temos a meta de conquistar maior número de associados no município e fortalecer os serviços atuais. Para isso, vamos criar algumas estratégias, a fim de promover uma forte ação de sindicalização. Outro anseio é conquistar novas parcerias com o mercado local e oferecer mais vantagens para o Servidor. E, por fim, lutar por uma Campanha Salarial vitoriosa para 2016, pois no ano passado, mesmo com a crise instaurada, conquistamos o índice do IPCA de 9,53%. Para cerca de 2.000 Servidores garantimos também o aumento real de 5% graças a reclassificação salarial.

12) Qual sua avaliação sobre os trabalhos realizados pela Fesspmesp?
Estou muito satisfeito com essa parceria. A Federação é uma entidade preocupada com o desenvolvimento do funcionalismo. Mesmo antes de me filiar contei com o apoio dos companheiros e isso fez toda a diferença em nossa escolha. Já tive experiência com outras entidades e pude concluir que o trabalho do presidente Aires Ribeiro e do tesoureiro Cláudio Aparecido (Ted) é sério. Estão sempre atualizados e não medem esforços para fortalecer seus entes filiados.

13) Deixe uma palavra para o Servidor de Embu das Artes.
Nos reinventamos diariamente para atender todas as demandas apresentadas por você, Servidor. Todas as nossas iniciativas refletem nos principais anseios e diálogo permanente que buscamos manter. Somos sua entidade verdadeiramente representativa, mas para alcançarmos ainda mais avanços precisamos da sua parceria e participação. Vamos dar as mão e juntos construir um funcionalismo forte e valorizado para obter mais conquistas e benefícios para todos.

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Para combater injustiças, o companheiro Sebastião exerce uma ótima gestão no Sindicato de Embu das Artes

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