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Entrevista São Paulo, 25 de outubro de 2016
ENTREVISTA - Walmir Alfredo da Silva, de Santa
Bárbara d'Oeste, tem o diálogo como premissa

O dirigente usa o conhecimento de sua formação em gestão pública para administrar demandas da categoria

Nosso bate-papo da semana é com o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Santa Bárbara d’Oeste, Walmir Alfredo da Silva. Pai exemplar de cinco filhos e líder de uma entidade sindical com forte atuação e marcada por grandes conquistas na região, o companheiro tem a missão de trabalhar em prol do Servidor e ainda dividir seu tempo e atenção com seus familiares.

Formado em gestão pública, o dirigente mantém uma relação sólida com a categoria e busca, por meio do diálogo, avançar nas demandas com a Administração. Nascido em Terra Roxa (SP), migrou muito cedo com os pais e mais cinco irmão para a cidade de Santa Bárbara d'Oeste e iniciou aos dez anos suas atividades como Guarda Mirim. Conheça abaixo um pouco mais da história do dirigente.

LEIA O BATE-PAPO NA ÍNTEGRA LOGO ABAIXO. ESTÁ IMPERDÍVEL:

Walmir Alfredo da Silva é líder do Sindicato
dos Servidores Municipais de Santa Bárbara
d'Oeste e é exemplo de comprometimento
1 - Sua formação em gestão pública facilita os trabalhos como presidente da entidade?
Com certeza. Por meio dessa graduação consigo ter uma visão bem mais apurada sobre o funcionamento real da Prefeitura. Além de lutar pelas demandas da categoria, é necessário saber exatamente como funcionam os recursos e quanto pode ser investido na divisão entre os gastos da cidade e a folha de pagamento. Depois de um levantamento minucioso, reunimos a categoria para montar a pauta de reivindicações justa com tudo dentro da realidade e possibilidade de realização. Vivemos um momento em que a prioridade é manter os avanços conquistados.

2 - Nos conte um pouco sobre como iniciou sua vida laboral e quais profissões já exerceu.
Como venho de uma família muito simples, porém de bons princípios, comecei minhas atividades muito cedo, mas acredito que isso mes fez bem. Iniciei na Administração aos dez anos de idade como Guarda Mirim. Nesse momento, aprendi muito sobre disciplina e comprometimento. São lições que carrego até hoje e passo adiante. Com 12 anos obtive meu primeiro registro na carteira, como auxiliar de serviços gerais em uma empresa muito conhecida aqui na região, a Usina Santa Bárbara, onde permaneci por mais alguns anos. Posteriormente, fui trabalhar em uma importante empresa do ramo metalúrgico, que antecedeu meu ingresso no funcionalismo municipal de Santa Bárbara.

3 - O que motivou e fez com que decidisse entrar para o setor público?
Naquele período, o País atravessava uma crise muito semalhante com a enfrentada hoje. Inflação lá em cima, nível de desemprego crescente, economia e política muito instáveis. Essas circustâncias acabaram afetando a metalúrgica em que eu trabalhava. Eu e muitos outros companheiros acabamos sendo demitidos. Foi quando fiquei sabendo da abertura de vagas na Administração.


Walmir procura estar sempre presente na base para auxiliar os Servidores; ele tem todo apoio do funcionalismo

4 - Como foi esse processo de entrada no funcionalismo municipal?
Me informei sobre como funcionava exatamente a prova e coloquei as mãos na massa, literalmente. Na época, eu tinha o ensino médio incompleto, mas não coloquei isso como obstáculo para desistir desse objetivo. Passei a estudar horas, focado na obtenção do resultado positivo. Não deu outra, meio a cerca de 300 candidatos para Pintor passei em segundo lugar e garanti minha vaga.

5 - E como foi sua adaptação? Se identificou com a função ou teve problemas?

Muito pelo contrário, na verdade eu já conhecia bem o ofício. Junto ao meu pai realizei muitos trabalhos como Pintor, então já sabia como exercer a função. Quanto à Administração, não havia grandes problemas. Tinha os salários em dia e todos equipamentos para trabalhar. Houve até um momento em que nos finais de semana o ajudava a tocar várias obras, paralelo ao serviço público.

6 - Quando e como ocorreu seu envolvimento com o movimento sindical?
Depois de um tempo como Servidor fui convidado por um companheiro para compor uma chapa de oposição e aceitei a proposta. Na ocasião, a entidade representativa estava inerte e sem condições de continuar administrando o Sindicato. Com muita tranquilidade conquistamos o voto de confiança da categoria e passamos a melhorar a estrutura e dar a devida atenção aos trabalhadores.

7 - E sua chegada ao cargo de presidente, como aconteceu?

Participei de duas gestões, uma como secretário e outra como vice-presidente e fui somando conhecimento prático sobre o real papel de um líder. Tive excelentes antecessores que me deram um norte sobre os trabalhos. Em 2005, fui indicado a encabeçar uma chapa, mas, desta vez, como presidente. Com o apoio da entidade e aprovação da categoria fui declarado nas urnas o novo líder.


Sua gestão tem como premissa o diálogo permanente com os trabalhadores e a Administração Municipal

8 - Quais os principais desafios e conquistas elencados em sua gestão?
A principal dificuldade é mostrar para o Servidor o caminho mais coerente e correto para alcançar os ganhos. Tenho comigo a premissa de não me envolver em questões de ordem política e buscar sempre o diálogo com a Administração. Sobre as conquistas, posso destacar a conquista das 30 horas da Enfermagem, redução da carga da monitoria e ampliação do salário das cozinheiras.

9 - Qual sua avaliação sobre os trabalhos realizados pela Fesspmesp?

Como conheço o presidente Aires Ribeiro de longa data, sou um pouco suspeito para falar. A Federação tem feito um excelente trabalho em prol do Servidor municipal e entidades que antes estavam sem nenhuma cobertura no Estado. Vejo que hoje temos a quem recorrer e sabemos que somos muito bem representados. Parabenizo a todos os companheiros pelos ótimos trabalhos.

10 - Deixe uma mensagem para os Servidores municipais de Santa Bárbara?
Servidores: nosso Sindicato é uma entidade de luta, porém buscamos estar sempre com os pés no chão. Sabemos que os anseios dos trabalhadores são permanentes, mas precisamos estar ligados nas questões políticas a fim de evitar entrar em brigas desnecessárias. A entidade está de portas abertas para ouvir reivindicações e estaremos sempre à disposição para ajudar no que for preciso.

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