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Entrevista São Paulo, 22 de setembro de 2015
ENTREVISTA - "Valorizar e fortalecer a comunicação deveria ser a meta de todos os Sindicatos"

Nosso diretor Denilson Bandeira defende a união entre sindicalismo e comunicação para fortalecer a categoria

Servidor público desde 1984, Denilson Bandeira carrega o DNA sindical no sangue. As boas práticas de negociação aprendeu com o pai, que por anos militou no sindicalismo paulista, na liderança do Sindicato da Borracha e de sua Federação. Começou a luta em prol do funcionalismo em 2005 quando foi eleito e, depois reeleito, para a diretoria do Stap (Sindicato dos Trabalhadores em Administração Pública de Guarulhos).

Atualmente, além de delegado representante do Stap também ocupa o cargo de diretor de Comunicação da Federação e da CSPM (Confederação dos Servidores Públicos Municipais).

A experiência adquirida em todos esses anos de sindicalismo tem sido fundamental para o processo de comunicação que implantou. Com um trabalho forte e bem direcionado, Bandeira tem conseguido dar visibilidade ao trabalho sério desenvolvido pelas entidades. Para ele "valorizar e fortalecer a comunicação deveria ser a meta de todos os Sindicatos".

Quem ganha com isso são as centenas de milhares de Servidores que podem, cada vez mais, se orgulhar do fortalecimento da categoria.

Saiba um pouco mais o que pensa nosso diretor na entrevista a seguir.

Atualmente, Bandeira divide a diretoria de Comunicação da Federação e da Confederação com o cargo de delegado do Stap (Guarulhos)

1) Como você enxerga o sindicalismo hoje?
Podemos apontar duas nuances. Primeiro que atualmente todo avanço do trabalhador está ligado à difícil realidade financeira do País. Nesses momentos nossas atividades são intensificadas na tentativa de manter e conseguir mais benefícios para o Servidor. Assim como na iniciativa privada, no setor público é a mesma coisa. O patrão está sempre reclamando da falta de dinheiro, usando como desculpa as dificuldades de arrecadação. Apesar disso, a comunicação mudou. Nas décadas de 1980, 1990 e 2000 as mídias eletrônicas passaram a ser fundamentais para os trabalhadores de base. Esses meios possibilitaram ao Sindicato mostrar para o associado o trabalho desenvolvido na busca por melhores condições e valorização da categoria. Evoluímos, com certeza.

2) O Sindicato ficou mais perto do Servidor?
Sim. A mídia eletrônica ajudou a aproximar a entidade de seus trabalhadores. Antes os contatos eram feitos apenas por meio de informativos e boletins impressos ou reuniões na base. Agora, além dessas ferramentas, podemos estar em contato com o Servidor o tempo todo. O Facebook, as diversas redes sociais, os blogs e sites são grandes exemplos disso, já que mostram em tempo quase real o trabalho realizado e abrem espaço para as opiniões dos leitores.

3) Ainda há muita resistência a esse conceito?
Cada Sindicato tem sua maneira de atuar. Alguns companheiros ainda não aderiram totalmente à utilização das mídias eletrônicas no contato com o trabalhador. Não acho isso algo negativo. O corpo a corpo faz parte da essência do sindicalismo. Olhar no olho do companheiro, conversar, debater os problemas da categoria e realizar assembleias deliberativas ainda é muito importante. Claro que tudo isso fica mais fácil a partir do momento que usamos as mídias sociais para nos ajudar a difundir o que é de interesse da categoria.


Com atuação de destaque, nosso diretor está sempre presente nos principais momentos de luta do Servidor

4) Quais ferramentas você utiliza mais no cotidiano da entidade?
Em Guarulhos, por exemplo, temos realizado muitas atividades relativas à implantação do (RJU) Regime Jurídico Único. Não dá para esperar todos os procedimentos de criação e distribuição de boletins e, por isso, as redes sociais e os diversos sites voltados para o funcionalismo, incluindo o facebook estão sendo muito importantes. Com o auxílio deles os Servidores ficam sabendo das notícias do mundo, relevantes à categoria e também das ações que estamos realizando. Ainda assim nos mantemos disponíveis para esclarecimentos na sede. Por tudo isso acredito que mesclar o tradicional com o novo é o ideal. Mesmo porque devemos levar em conta que muitos trabalhadores ainda não têm acesso à mídia eletrônica.

5) Aliás, esse Regime Jurídico Único proposto em Guarulhos prejudica o trabalhador?
Com certeza. Estou a serviço da Federação apoiando a discussão sobre esse novo regime. O prefeito Sebastião Almeida quer tirar vários direitos do trabalhador, não só do estatutário, mas também do celetista. Não vamos admitir quer o trabalhar perca direitos adquiridos. Guarulhos tem a 1429 que rege os servidores estatutários e temos ainda a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), que rege os celetistas. Apesar disso o prefeito quer criar uma nova modalidade de regime jurídico. Esse projeto precisa ser discutido com os trabalhadores, pois, há muitos pontos que prejudicam a categoria. A prefeitura quer resolver seus problemas tirando dinheiro do trabalhador e isso nós não vamos aceitar.

6) Esse episódio mostra que falta respeito ao Servidor Público?
Infelizmente sim. O desrespeito é feito não só com o Servidor de Guarulhos, mas de todo o País. No funcionalismo temos muitos deveres e poucos direitos. Só para você ter uma ideia, a função e o trabalho do Servidor não foram reconhecidos pela Constituição de 1988. Apesar do serviço que prestamos ainda estamos aguardando a regulamentação da atividade exercida pela categoria. Ações desse tipo deixam claro que ainda teremos de lutar muito para conseguirmos o respeito e a valorização que merecemos.


Incansável, Bandeira está sempre disposto a ajudar os companheiros na busca por melhorias para a categoria

7) Atualmente você ocupa o cargo de diretor de Comunicação. Como tem sido o trabalho de auxílio aos Sindicatos?
Na Federação, por exemplo, temos diversos projetos de comunicação que deveriam ser implantados este ano e estão sendo remanejados para 2016. Para driblar as dificuldades, financeiras e funcionais, continuamos utilizando as ferramentas já existentes para ajudar nossos associados e mantê-los atualizados. Por meio do nosso facebook, flickr, twitter, site e boletins eles continuam sendo bem informados sobre as ações que a Fesspmesp e Confederação estão tomando em defesa da categoria. Quero ampliar nossa comunicação cada vez mais.

8) Nesse momento de dificuldade qual o papel da Comunicação?
É muito importante e, na maioria das vezes, decisivo. O contato que temos realizado com os associados, tanto da Federação quanto da Confederação, mostra que a maioria está enfrentando problemas. Décadas atrás as informações sobre crises ficariam restritas às pessoas mais próximas do núcleo Sindical. Hoje não. As novas mídias possibilitam que os diretores repassem essa informação para todos os trabalhadores, até mesmo àqueles que por qualquer motivo não participam ativamente das atividades da categoria. Com isso, ganhamos força e conseguimos pressionar os prefeitos nos momentos de negociação. É claro que nem sempre conseguimos o desejado, mas mostramos aos gestores que seus atos são conhecidos por todos. Por isso valorizar e fortalecer a comunicação deveria ser a meta de todos os Sindicatos.

9) Como enxerga a relevância do seu departamento para os Sindicatos?
Nosso trabalho é de suma importância. A comunicação é uma ferramenta política extraordinária. Está provado que ela é fundamental para aproximar diretoria e base. Hoje tudo que acontece no interior do Sindicato pode ser passado para os trabalhadores. Além de gerar mais transparência durante ações, cria um laço de confiança do trabalhador com seus diretores. A comunicação, quando forte e precisa, se torna mais uma ferramenta de pressão para os governantes. Muitos Sindicatos que visito ficam encantados com o trabalho que temos realizado neste setor, tanto da Fesspmesp quanto da Confederação. Acredito que fazemos a diferença em todo o funcionamento das entidades filiadas.


Como representante da Federação e da Confederação é presença certa nos movimentos ligados ao setor

10) Que conselho daria para quem ainda não possui um trabalho de comunicação forte?
Presidentes, capacitem e utilizem mais seus diretores de Comunicação, pois na hora da eleição, principalmente, vocês verão que o investimento trará frutos positivos. O Servidor, quando for votar, saberá o trabalho que foi desenvolvido ao longo dos anos pelo seu presidente, pois o setor de Comunicação permitiu que ele o acompanhasse de perto. O presidente e o tesoureiro de um Sindicato são as peças chaves, mas não se esqueça de que o diretor de Comunicação também é. Com um trabalho bem realizado você pode colher frutos a curto, médio e longo prazo. Nesse sentido a Federação e Confederação têm dado bons exemplos. Temos realizado palestras em todo o Estado e também no Brasil para capacitar e mostrar aos presidentes a importância da ferramenta de Comunicação e os frutos que ela pode proporcionar.

11) Com a Federação e a Confederação o setor público está mais fortalecido?
Com certeza. Nossa situação melhorou ainda mais, já que até então não tínhamos um órgão que nos reconhecesse como Servidores públicos municipais. Éramos associados a uma Confederação que só reconhecia os Servidores estaduais e federais. Hoje temos um órgão federal, de âmbito nacional que defende única e exclusivamente o Servidor. Agora temos até representatividade em Brasília, graças ao trabalho que começou com a Federação e culminou com a Confederação. Graças ao nosso presidente Aires Ribeiro, conseguimos mais essa importante conquista para a categoria.

12) Para finalizar, o que falar para o Servidor público nesse momento de dificuldades?
A categoria deve ficar atenta, não só sobre a questão econômica, mas também quanto à questão política. Quando aprovaram o projeto de terceirização no Congresso tiraram do texto principal o parágrafo envolvendo o Servidor público, porém, foi feito um acordo para que uma lei específica para a terceirização do serviço público seja elaborada em breve. Por isso, peço aos companheiros que fiquem atentos, pois é uma iniciativa que busca prejudicar nossa estabilidade, que é um direito adquirido após muito trabalho.

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Após mais um dia de trabalho nosso diretor ainda encontra tempo para confraternizar com os companheiros

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