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Entrevista São Paulo, 8 de março de 2016
ENTREVISTA - Marta Barreto, de Osasco: "Lutamos
por justiça em todos os setores da Administração"

Durante movimento a favor da implantação da jornada 1/3 extraclasse, Marta foi incisiva e defendeu o setor

Continuamos aprendendo mais sobre o trabalho dos vice-presidentes que compõe os Sindicatos filiados à Fesspmesp. E a nossa entrevistada de hoje, 8 de março - Dia Internacional da Mulher, é a companheira Marta da Silva Barreto, vice-presidente do Sintrasp (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Osasco). A sindicalista é um dos braços direito do presidente Antônio Rodrigues dos Santos, o Toninho do Caps, em sua luta pela valorização do funcionalismo.

Marta tem mais de 30 anos de serviço público e seu cargo atual na Administração é Professora de Educação Básica. Antes, atuava na Pasta de Promoção Social. Seu cargo era Supervisora de Creche. Entrou no Sindicato em 2009 como 2ª tesoureira e, na nova chapa de 2015, ocupou o posto de vice-presidente. Em uma conversa com nossa equipe contou sobre seu trabalho no Sintrasp e as lutas dos últimos anos. VALE A PENA CONFERIR E COMPARTILHAR!

Marta Barreto tem 54 anos e há 30 está no serviço público. Na luta pela valorização
do setor está sempre disposta a ajudar todos
1) Qual a motivação para integrar o sindicalismo?
Foi algo bem natural. Antes mesmo de ser Servidora eu participava de movimentos em prol da sociedade, o que abrange a situação dos profissionais da creche onde eu trabalhava e as demais companheiras do Magistério. Com o surgimento da Associação nos anos 1980, comecei a participar das reuniões e debates. Mas apesar de grandes mobilizações, algo estava faltando.

2) O que estava faltando?
Precisávamos de legitimidade. A Associação tinha as melhores intenções, mas não tinha representatividade. Não seria possível, por exemplo, receber a certidão sindical, e a Prefeitura poderia simplesmente recusar qualquer tipo de negociação. Mas não poderíamos ficar parados, enquanto não existisse lei que permitisse a organização do setor público, nós íamos para as ruas.

3) De quais movimentos participou?
Foram muitos, porem o mais marcante, sem sombra de dúvida, foi o das "Diretas Já". Sempre fui a favor da democracia, do voto direto do povo. Aquele momento de união dos brasileiros, simplesmente não podia ficar de fora. Também estive envolvida em outros movimentos os quais contribuíram para aprovação da Constituição de 1988.

4) Conte-nos sobre a fundação do Sintrasp.
Fiz parte da fundação em 1988, ano em que a Constituição Federal entrou em vigor. Já com a garantia da organização sindical, demos início nas atividades do Sintrasp. Eu ainda não fazia parte da diretoria, mas participei ativamente das discussões e das assembleias que eram realizadas. Esse envolvimento com toda luta do setor público me motivou a entrar na diretoria.


Engajada na luta desde o início da carreira, Marta Barreto está sempre á frente de movimentos do Sintrasp

5) E o que mudou de lá pra cá?
Sem dúvida agora contamos com uma entidade forte e representativa. Logo no início, o Sindicato cobrou a realização de concurso público para a Educação, que estava há 30 anos sem realizar nenhum processo. Ingressei justamente neste concurso e entrei como Professora de Educação Básica. Em suma, a principal mudança é que as reivindicações dos trabalhadores não ficam mais no papel. Elas são postas em prática graças à ação sindical.

6) Qual ganho você destaca da sua gestão?
Estou como diretora desde 2009 e como vice desde 2015. Desde o começo, além dos debates para melhoria salarial dos setores em geral, estive ativamente envolvida nos debates para a implantação da lei da jornada 1/3 extraclasse. A lei federal, aprovada em 2008, tinha prazo para implantação até 2011, mas não aconteceu em Osasco. Graças ao empenho do Sindicato, agora em 2016, finalmente o Magistério terá esse ganho.

7) E por que houve essa demora?
Falta mão de obra qualificada na cidade. Essa é a principal alegação da Prefeitura. De fato sim, faltam Professores de Educação Básica Nível II (PEB II), especialistas em matérias para os alunos. Mas a culpa disso é justamente da Administração que pratica os salários mais baixos da região. Os profissionais preferem fazer concurso em cidades vizinhas e dificultam a contratação em nossa cidade, seja por concurso ou mesmo processo seletivo.

8) Sendo Professora, como você vê o cenário da Educação atualmente?
Os profissionais precisam de maiores incentivos para atuar na área. Eles dividem atenção com internet, smartphone, redes sociais, etc. É muita coisa que obriga os Professores a se reinventarem diariamente. Luto pela valorização de todos os setores e sempre peço que sejam dados aos Educadores os materiais para uma boa aula. Também é extremamente necessário dar uma boa remuneração, a fim de reter os bons talentos.


A parceria com dirigentes de outras cidades garante o conhecimento para liderar ao lado de Toninho vários atos

9) E o PME (Plano Municipal da Educação)?
A lei foi aprovada no ano passado, após diversas reuniões com a Prefeitura. Claro, o que foi aprovado não é 100% do pretendido, mas contempla uma boa parte das reivindicações. Os itens não incluídos no PME ainda estão em debate com as secretarias de Governo e da Educação para serem inseridos, por exemplo, na próxima revisão do Plano de Carreira do Magistério.

10) Qual seu relacionamento com a base?
Eu particularmente amo visitar os setores. Sou sempre muito bem recebida e ouço todos os anseios dos Servidores. Ir até cada um e saber sobre suas necessidades e lutar por eles é minha maior motivação. Ver o retorno que nossas ações representam para eles é combustível para buscarmos cada vez melhorias concretas para o setor público.

11) Deixe uma mensagem para a categoria.
Eu luto por um funcionalismo melhor para todos. Temos de estar unidos para reivindicar um tratamento justo e humanitário por parte do Governo. Repudio os cargos de comissão e apadrinhados. Espero o dia em que todo serviço público seja composto por 100% de concursados. Estarei lutando por isso enquanto eu tiver forças. Agradeço a cada um pela confiança.

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Mesa diretora do Sintrasp durante cerimônia de posse da nova diretoria realizada em outubro do ano passado

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