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Entrevista São Paulo, 2 de agosto de 2016
ENTREVISTA - Francisco de Carvalho, de Lorena:
"Sindicato forte só se faz com categoria unida"

Presidente Francisco Aparecido, o Chiquinho, não se intimida com os obstáculos e luta pelo bem dos Servidores

Francisco Aparecido de Carvalho, mais conhecido como Chiquinho, é presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Lorena (Ssmlorena) e o dirigente entrevistado desta semana. Homem esforçado em suas atribuições e engajado na luta por um funcionalismo mais justo, aprendeu o verdadeiro significado de coletividade compartilhando a infância com mais 10 irmãos.

De origem humilde, junto à sua atual esposa, Inês Aparecida, procura passar os mesmos valores para o filho Victor Davi. Tem orgulho de ver formada em direito, sua filha Ingrid, fruto do primeiro casamento. Com muita fé, desde pequeno, aprendeu a superar dificuldades, quando aos cinco anos teve uma doença grave, em que a medicina não conseguia diagnosticar para tratar.

Aos 48 anos de idade, o líder acumula experiência e disposição em melhorar a vida dos Servidores de Lorena. Vive contínuo embate com a Administração Municipal, que tenta perdurar suas injustiças. Combativo, Chiquinho busca estar sempre bem informado sobre os direitos da categoria e realiza constantes visitas nos locais de trabalho para acompanhar os anseios e defender os trabalhadores.

CONFIRA O BATE-PAPO NA ÍNTEGRA:

Francisco Aparecido de Carvalho é presidente
do Sindicato dos Servidores de Lorena; sempre
sério e combativo nas ações contra injustiças
1) Conte um pouco da sua história.
Nasci em 22 de novembro de 1967 e tive uma boa infância. Naquele tempo, apesar da simplicidade, as famílias eram grandes, tinha mais 10 irmãos e nos relacionávamos muito bem. As condições financeiras eram precárias, mas nunca nos faltavam compreensão, carinho e dedicação. Nossos pais sempre foram as molas mestras que nos conduziram pela vida e nos formaram cidadãos. Graças ao esforço deles, José Celestino de Carvalho e Cecília Alves da Silva.

2) Superou uma doença grave?
Sim, aos cinco anos de idade fiquei mau. Era um doença grave e os médicos não conseguiam diagnosticar. Eles disseram para minha mãe que orasse muito por mim, pois o meu caso ainda não tinha sido descoberto. Só mediante a intercessão divina eu poderia sair com vida. Fiquei internado por vários meses e, graças a Deus, eu sou um milagre dele na terra, pois eu sarei e continuo firme e forte. Isso prova que só com a fé conquistamos o impossível.

3) Começou a trabalhar com qual idade?
Comecei a trabalhar com sete anos em barzinhos que tinham perto da minha residência, lá em Guaratinguetá, onde auxiliava na limpeza, fazendo faxina. Na época, também era comum criar cabras. Depois da escola, ajudava algumas pessoas a cuidar dos animais e ganhava uma graninha pra contribuir em casa.

4) Quais outras profissões exerceu antes do funcionalismo?
Conforme fui crescendo, consegui outros trabalhos, durante o dia, como auxiliar de mecânico e ajudante em tapeçaria. Aprendi a mexer com a manutenção de equipamentos de combate a incêndio. Depois, por mais de 10 anos, também fui músico e toquei em várias casas de show no período noturno. Posteriormente fui porteiro e ascensorista em um hospital, local onde passei a pegar gosto pela luta sindical. Aí começei a cogitar a possibilidade de me tornar funcionário público.


O companheiro é uma figura muito atuante e conquista a todos que conhecem seu excelente trabalho na entidade

5) Como iniciou sua trajetória no funcionalismo municipal?
Primeiro a minha preocupação era terminar meus estudos. Assim que concluí e passei pelo hospital, senti o desejo de prestar concurso. Em 2002, quando abriu vagas e a Prefeitura de Lorena anunciou as provas, prestei para o cargo de Guarda. Fui o quarto colocado dentre cerca de 600 candidatos, mas somente em 1º de abril de 2004 fui chamado para dar início aos trabalhos. Minha família foi fundamental para o sucesso nesta nova fase da minha vida, pois sempre apoiaram minhas decisões.

6) Como era o funcionalismo naquela época?
O Servidor sempre foi uma categoria muito injustiçada pelos governantes de Lorena. Além dos problemas de precariedade, tínhamos um sindicato pelego, que não se preocupava em defender os direitos dos trabalhadores. As ações coronelistas das Administrações perduravam por anos e o sofrimento dos trabalhadores incomodava a mim e aos meus companheiros. Resolvemos nos juntar e buscar alternativas para combater essa situação de uma vez por todas.

7) E o que fizeram para mudar essa história?
Montamos um grupo de Servidores que representavam verdadeiramente todos os setores da Administração e tentamos participar do pleito. Mas a diretoria fez de tudo para impugnar nossa chapa, a fim de impedir que participássemos das eleições. Foi uma luta longa e árdua que chegou até a Justiça Federal, a qual garantiu o direito. Com muita perseverança, dia 17 de maio de 2013, nossa - Chapa Humildade e Trabalho - venceu com 77,1% dos votos válidos.

8) Qual a situação do Sindicato quando assumiu?
O Sindicato era totalmente patronal, e quando assumimos não existia nenhum documento legalizado, nada em dia. A entidade também não tinha praticamente nada de patrimônio. Por cerca de 23 anos,
o antigo presidente não havia movimentado a instituição e usava o local como sua própria residência. Mas depois que assumimos começamos o trabalho de mudar a identidade e conquistar a confiança dos trabalhadores. Daí então, compramos briga com a Administração que fazia apenas sua vontade.


Junto à lideranças da Federação, Chiquinho desempenha um ótimo papel na defesa do funcionalismo municipal

9) Quais as principais conquistas em sua gestão?
Anteriormente, a categoria ficava rendida e não tinha uma data estabelecida para revisão anual dos salários. Acredito que a principal conquista ocorreu no dia 17 de maio de 2013, com o ganho da data-base. Além disso, hoje possuímos um departamento Jurídico atuante e com dois advogados que dão toda assistência aos Servidores associados e, inclusive, impedimos que várias arbitrariedades fossem consumadas. Temos uma sede equipada e uma pequena área para confratenizações.

10) Cite as principais metas da entidade?
Entre as principais metas estão melhorar o estatuto do Servidor, pois muitos artigos são prejudiciais aos trabalhadores e também estamos trabalhando em cima da reforma administrativa. Planejamos ampliar convênios com comércio local e investir em qualificação e comunicação. Queremos ampliar mais a nossa presença na base e assim poder nos aproximar ainda mais de toda a categoria.

11) Como conheceu a Fesspmesp?

Conheci a Federação em 2014, por intermédio do companheiro Sidney Ayres e do Padre Vito. Eles apresentaram os trabalhos da entidade e com empenho e disposição conseguiram nos ajudar a regularizar a situação do Sindicato. É muito importante a representatividade que exercem em esferas superiores e as conquistas justificam a grandeza. Por isso é a Federação que mais cresce no País.

12) Deixe uma palavra para os Servidores de Lorena.
Servidor: acredite no seu Sindicato e em nossa administração, pois temos o desafio de mudar a história de 23 anos de inércia. Atualmente, trabalhamos cerca de 14 horas por dia em prol de garantir que o funcionalismo seja ainda mais respeitado e valorizado. Um Sindicato forte só se faz com categoria unida, pois juntos venceremos sempre, divididos cairemos. Temos nos empenhado para que dias melhores venham e enquanto houver lutas haverá vitórias. Contem sempre conosco!

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