Os companheiros do Sindicato dos Servidores de Marília, mais uma vez, enfrentam uma difícil situação com a administração. A prefeitura anunciou, dia 8 de outubro, que não vai cumprir decisão judicial que obriga o pagamento retroativo referente ao atraso da reposição salarial dos Servidores. Conhecido como gatilho, a reposição está garantida pela Lei Municipal 11/91 (saiba mais aqui).
DETALHES - A Justiça já havia dado ganho de causa para os trabalhadores, porém, o prefeito Vinícius Camarinha, que não aceita a decisão, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na prática, a prefeitura quer descontar sua crise de gestão financeira em cima daquele que leva o município nas costas: o Servidor.
Os secretários Marco Antônio Alves Miguel (administração), Sérgio Moretti (fazenda) e Rodrigo Zotti (economia e planejamento) foram os responsáveis por anunciar a decisão descrita como "economia de guerra". Só que quem paga por isso é o funcionalismo de Marília.
INACEITÁVEL - Mauro Cirino, presidente do Sindicato dos Servidores de Marília (Sindimmar), afirma: "Estão usando declarações absurdas para justificar essa barbárie. Muito é gasto com publicidade, porque não usar esse dinheiro para pagar o que é devido ao trabalhador?! Sem falar que os maiores salários estão entre os 180 comissionados. Isso é uma vergonha".
JUSTIÇA - "Nós, Servidores, acreditamos na Justiça e, se a nova decisão judicial do STJ for favorável ao pagamento do retroativo, a administração terá que cumprir sim. O processo continua e estamos confiantes. Se for preciso vamos pra rua com o apoio da Fesspmesp, que sempre esteve ao nosso lado nos momentos mais difíceis", arremata Cirino. |