Centrais sindicais reúnem mais de 10 mil na Praça da Sé em protesto contra a proposta de reforma da Previdência

Centrais sindicais reúnem mais de 10 mil na Praça da Sé em protesto contra a proposta de reforma da Previdência

Representantes de centrais sindicais participam de um protesto na Praça da Sé, no Centro de São Paulo, realizada na manhã desta quarta-feira. O ato mostra o repúdio dos trabalhadores contra a proposta de reforma da Previdência apresentada hoje pelo governo federal. O ato foi organizado pelas centrais sindicais e entidades representativas dos trabalhadores. Integram o movimento a CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) , CGTB, CTB, CSP-Conlutas, Força Sindical, Intersindical e Nova Central. Outros atos e mobilizações também ocorreram em pelo menos nove estados do Brasil.

“Nosso propósito foi reunir os trabalhadores e trabalhadoras e realizar uma Assembleia Nacional para definir um plano de lutas unitário contra a proposta de reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro,” explicou Denílson Bandeira, diretor de Comunicação da Federação dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo (Fesspmesp). Além dele, a entidade estava representada pelo secretário-geral, Rubens Romão.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que os manifestantes ocuparam a Rua Boa Vista, que chegou a ficar bloqueada, e também a Praça da Sé, desde a”as 10 horas da manhã.
Reforma da previdência

O governo federal apresentou nesta quarta-feira a proposta de reforma previdenciária, considerada prioridade pela equipe econômica para tentar reequilibrar as contas públicas nos próximos anos. O texto foi entregue pessoalmente pelo presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional.

De acordo com o que o governo já havia anunciado na semana passada, a proposta prevê uma idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e de 62 para mulheres, a ser aplicada após 12 anos de transição.

A idade mínima subirá progressivamente durante esse período – que é mais curto do que os 21 anos propostos pelo governo Temer em 2017.

A reforma da Previdência abrange os trabalhadores do setor privado, que estão no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e os servidores públicos.

A ideia do governo, ao reformar a Previdência, é aumentar as receitas, mas também cortar despesas – via limitação de benefícios.

O governo quer economizar R$ 1,16 trilhão em dez anos, valor que representa cerca de 1/3 do déficit somente do INSS (sistema público que atende aos trabalhadores do setor privado) previsto para o período, que deve somar R$ 3,1 trilhões. Ainda falta incluir nesse cálculo o rombo dos servidores públicos e militares, não detalhado pelo governo.

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