ENTREVISTA – Adriana Reis Dias, de Hortolândia: “Minha verdadeira paixão está no funcionalismo”

ENTREVISTA – Adriana Reis Dias, de Hortolândia: “Minha verdadeira paixão está no funcionalismo”

Retornamos em grande estilo. A primeira entrevista de 2018 é com a vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Serviços Públicos Municipais de Hortolândia (STSPMH). Adriana Reis Dias está desde 1997 no serviço público. Formada em Enfermagem pela Universidade Paulista, escolheu manter-se na Educação por paixão, e desde junho de 2017, está liberada para o Sindicato.

Adriana nasceu na cidade de Campinas e aos sete anos sua família se mudou para Hortolândia,
terra em que formou a sua própria e criou seus tesouros, os filhos. Além de dirigente, ela administra o relacionamento com o esposo e mais seis descendentes: o primogênito Fernando; na sequência, Ricardo; Pedro; os gêmeos Gabriel e Letícia, e, pra fechar a “fábrica”, a caçula Maria Eduarda.

CONFIRA ABAIXO A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA

A líder Adriana Reis Dias é a vice-presidente
do Sindicato dos Trabalhadores em Serviços Públicos Municipais da cidade de Hortolândia1) Fale um pouco sobre você e suas origens?
Então, nasci na cidade de Campinas e sou a única menina e a caçula de três irmãos. Meu pai era torneiro mecânico na Pirelli e minha mãe, que infelizmente já faleceu, era dona de casa. Graças ao meu pai tivemos uma vida mais tranquila e confortável. Enquanto ela educava, ele cuidava de estragar (risadas) com seus mimos. Tive o privilégio de ter nascido nesta família.

2) Como foi parar na cidade de Hortolândia?
Aos sete anos por conta de problemas com a saúde da minha mãe, nossa família veio para Hortolândia. Aqui nos estabelecemos, construímos nossa história e vivemos até hoje. Firmamos raízes e nos sentimos parte da cidade. Não tenho vontade nenhuma de mudar para outro lugar. Amo esse lugar e as pessoas daqui.

3) Como concilia a família e o seu trabalho?
Aos 16 anos de idade fiquei grávida do Fernando, que atualmente tem 29 anos. Nesse momento precisei parar os estudos para me dedicar aos cuidados que ele necessitava. Depois, consequentemente tive mais filhos (5) e fechei a fábrica. Mas aos 30 anos decidi que era hora de retomar os estudos e fiz um curso universitário. Ganhei muito com o conhecimento adquirido e trago boas lembranças. Estar na iniciativa privada me fez refletir e comparar com o labor no setor público. Hoje, consigo ter mais flexibilidade para administrar a casa e desenvolver meus trabalhos junto ao nosso Sindicato.

4) Diga como você ingressou no setor público, já tinha esse desejo?
Vamos lá. Na verdade, aos 25 anos, rompi com meu primeiro esposo e precisava urgentemente trabalhar. Dobrei as mangas e participei de um processo seletivo para trabalhar em uma escola, como Auxiliar de Desenvolvimento Infantil (ADI). Cerca de dois anos depois, como eu queria me efetivar, participei de concurso e fui aprovada para o mesmo cargo. Desde então, continuo na área.

Familia e trabalho: são as suas duas maiores paixões; Adriana aprende com rapidez e é uma grande promessa

5) E a sua formação na área da Saúde, como ocorreu?
Aos 30 anos, com objetivo de garantir uma vida melhor aos meus filhos eu decidi cursar Enfermagem. Foi um desdobramento muito grande para conciliar com a família, mas superei esse desafio e concluí o curso. Concomitantemente ao Serviço público fui trabalhar na iniciativa privada, durante o período noturno. Fiquei por cerca de dois anos na empresa e decidi que minha paixão é o funcionalismo.

6) Como foi seu envolvimento com o movimento sindical?
Ocorreu espontaneamente. Sempre fui aquela Servidora que questionava o Sindicato, marcava presença e cobrava posicionamento em nosso favor. Em 2013, por conta disso, fui convidada para compor uma nova chapa e aceitei. Internamente, exerci cargos de diretora de base, procuradora e,
na última recomposição da diretoria em 2017, fui indicada a vice-presidente da entidade.

7) Como avalia o trabalho realizado pela Fesspmesp junto ao Sindicato?
Na prática a diferença entre a Fesspmesp e a outra federação é muito grande e perceptível. Quase não víamos eles e não havia relação de proximidade e cumplicidade. Agora, percebemos que temos com quem contar nos momentos de maior dificuldade e que há suporte real para dar auxilio em nossas demandas. Essa parceria nos trouxe mais força e juntos formamos um time forte e combativo.

Em razão do STSPMH a dirigente realiza um trabalho novo e diferenciado com o líder da entidade, Milton Vianna

8) Atualmente vocês investiram em comunicação. Como isso reflete na base?
O investimento em contratar uma agência especializada em comunicação sindical foi certeiro e veio no melhor momento. Hoje, nenhuma entidade sobrevive aos desafios de atender seu público sem profissionalizar a sua comunicação e estabelecer um diálogo efetivo com a categoria. As informações chegam muito mais rápido aos Servidores e de maneira adequada. Estamos em um novo momento.

9) Deixe uma mensagem aos dirigentes filiados à Fesspmesp.
Em 2018 podemos e vamos fazer a diferença. O funcionalismo público, em sua essência, protagoniza um papel importante na resistência contra retrocessos e intransigências do poder público. Vamos aproveitar que participamos de uma Federação combativa, unir forças e trocar experiências em prol dos Servidores do Estado. Vamos construir e lutar por uma sociedade melhor. Esse é o nosso papel.

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