Pelo Brasil, trabalhadores dizem não à reforma da Previdência de Bolsonaro

Pelo Brasil, trabalhadores dizem não à reforma da Previdência de Bolsonaro

Desde as primeiras horas desta sexta-feira (22), entidades sindicais, movimentos sociais, trabalhadores de diversas categorias e partidos políticos de oposição, foram às ruas das cidades de norte ao sul do País para demonstrar insatisfação com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/2019, que trata da reforma da Previdência do governo Bolsonaro e tramita na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Convocado pelas Centrais Sindicais, o Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência  contou com assembleias, paralisações, passeatas, abraços coletivos em postos do INSS e abaixo-assinados.

No principal ato, 60 mil pessoas se concentraram em frente ao Masp, na avenida Paulista, em São Paulo.

O presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto, em sua intervenção, reforçou que a reforma é uma verdadeira destruição da Previdência e desafiou o governo a tomar outras medidas para economizar.

“Esta reforma não é uma reforma, é a destruição da Previdência Social que nós conquistamos em 1988. É destruir o futuro da Nação. Se querem economizar R$ 1 trilhão em 10 anos, é muito simples, revogue a Lei do Repetro, que em 20 anos dá R$ 1 trilhão em isenções para petroleiras do mundo, revogue todas essas isenções tributárias e fiscais, que chegam a quase R$ 400 bilhões, cobrem os devedores da Previdência, taxem os lucros dos bancos e as fortunas, mas não encostem as mãos na Previdência Social do trabalhador brasileiro. Se tocar a mão lá, nós vamos dar a resposta, seja por greve geral, seja com revolução. Não vamos permitir, nossa tarefa a partir de agora é ir para os aeroportos para pressionar os deputados e senadores. Agora é nossa hora para dizer para eles: Não à reforma da Previdência”, declarou Neto.

Alinhados à organização das centrais, os sindicatos se organizaram não somente nas capitais dos estados, mas também pelo interior do País, junto às suas bases.

São Paulo

Dirigentes do Sindvestuario de Guarulhos começaram a mobilização antes do nascer do Sol. De porta em porta, os dirigentes panfletaram em fábricas da base e conversaram com os operários.

Em Presidente Prudente, os manifestantes fizeram uma passeata pelas ruas do Centro. Concentraram-se em frente ao posto do INSS e caminharam até a prefeitura. São José dos Campos também organizou um ato que contou com a participação da CSB.

Rio Grande do Sul

Em Porto Alegre, o ato aconteceu na Esquina Democrática. O presidente da Seccional, Sergio Arnoud, deu o seu recado.

“Estamos aqui nesta cruzada contra a reforma da Previdência, que já era anunciada, pois quando eles assassinaram os direitos dos trabalhadores, na reforma trabalhista, eles queriam complementar,  jogando na miséria todos os trabalhadores e servidores públicos. Vamos derrotar o governo e vamos derrotar o mercado, que é quem está ditando esta reforma, que quer matar a classe trabalhadora”, disse durante o ato.

Além das tradicionais manifestações, os atos no estado gaúcho também foram realizados de forma diferente. Na cidade de Capão da Canoa, os manifestantes organizaram um abaixo-assinado que será levado ao Congresso Nacional. Já em São José do Norte, as escolas não funcionaram em apoio à Previdência Social. Ainda no estado, em Ijuí, a FEMERGS reuniu trabalhadores para protestar.

 Ceará

A Seccional Ceará foi para as ruas da capital, Fortaleza, e de Massapê, onde foi representada pelo SINDSEMMA. O presidente da Seccional, Francisco Moura, em seu discurso, garantiu que os movimentos permanecerão nas ruas em defesa da Previdência.

“Nós estaremos nas ruas firmes e fortes para defender a Previdência Social”, disse o dirigente.

Minas Gerais

Juiz de Fora recebeu uma multidão que participou de caminhada pelas ruas do Centro até a tradicional escadaria da Câmara dos Vereadores. O presidente da Seccional, Cosme Nogueira, que discursou no ato, acredita que este é um grande dia.

“O dia de hoje não será apenas um dia de paralisação, será o início de um grande levante que irá derrubar este governo entreguista”, falou.

 

Paraná

Na Boca Maldida, tradicional ponto de mobilizações de Curitiba, os trabalhadores abraçaram o posto do INSS. Para o presidente da Seccional Paraná, Cacá Pereira, os atos foram importantes, mas o dirigente frisou a necessidade de os movimentos permanecerem unidos.

“Precisamos conscientizar a sociedade brasileira de que essa reforma vai prejudicar todos os trabalhadores. É o momento de estarmos unidos, de mãos dadas, no sentido de que não podemos perder tempo e ir para cima dos deputados que votam essas medidas. É o momento dos trabalhadores irem para as ruas e se manifestarem de todos os jeitos para dizer que esta reforma não é a reforma que eles merecem”, disse Cacá.

Espírito Santo

A Avenida Vitória, umas das mais movimentadas da capital capixaba foi palco dos atos contra a reforma no estado. Mesmo debaixo de chuva, os movimentos sindicais e sociais não arredaram o pé das ruas.

Mato Grosso

A cidade de Rondonópolis foi palco para manifestações contra a reforma. Filiado à CSB no estado, o SISPMUR esteva à frente dos atos, que aconteceram na Praça Brasil.

Goiás

Em Goiás, algumas entidades filiadas resolveram fazer o ato de maneira diferente. Foi o exemplo do SINDMETALGO, que foi para dentro das fábricas realizar assembleias e falar da gravidade desta reforma.

Mato Grosso do Sul

No Mato Grosso do Sul, os atos aconteceram na capital Campo Grande. O local escolhido foi a Praça do Rádio.

Brasília

Na capital Federal, as entidades promoveram um ato na Praça Zumbi dos Palmares. Entidades filiadas à Central também marcaram presença.

Rio de Janeiro

Os dirigentes da Seccional Rio de Janeiro da CSB também estivaram nas ruas. No centro da capital fluminense, os manifestantes saíram da Candelária e caminharam pelas ruas da região.

Maranhão

No Maranhão, a cidade de São Luis foi escolhida pelas centrais sindicais e partidos políticos para manifestarem sua posição contrária ao governo Bolsonaro, em relação à PEC 06/2019.

Pará

O Movimento sindical paraense realizou seu ato no período da manhã. A concentração aconteceu na Av. Presidente Vargas e seguiu em passeata até a Sede do INSS, na Av. Nazaré.

Amazonas

As entidades sindicais amazonenses também foram às ruas contra a reforma. Eles se reuniram durante a tarde, na Praça Matriz, no centro de Manaus.

Pernambuco

No Recife, as entidades filiadas à CSB participaram do ato que fechou as ruas do centro para gritar contra a reforma da Previdência.

 

Fonte: CSB

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